José Pastore, especialista em relações trabalhistas, autor de mais de 20 livros e 100 artigos técnicos e com robusta experiência profissional no campo das relações trabalhistas e recursos humanos, defende com entusiasmo a atividade sindical.
Ele destacou em recente entrevista à CNI, que o fortalecimento dos sindicatos empresariais é urgente.
E elenca dois motivos: primeiro, as negociações coletivas estão ficando cada vez mais complexas, o que exige capacitação dos negociadores e dos próprios sindicatos empresariais.
Negociar com inflação baixa é sempre mais difícil. O que representa pequenos aumentos para os empregados, pode ser muito grande e pesado para os empregadores.
Além disso, no mundo moderno os empregados valorizam muito os benefícios nos campos da saúde, alimentação, tempo livre, qualidade de vida. Essas demandas custam caro.
Os sindicatos precisam ajudar as empresas a precificar tudo isso e a negociar de forma a atender os dois lados. As negociações têm sido menos teatrais e mais técnicas, com muita pesquisa de preparação e dados em cima da mesa.
Nesse contexto, instituições como a CNI tem como desafio motivar as federações à alertar os sindicatos sobre as necessidades deste novo tempo. Além disso, é necessário apoiar as federações a ajudar os sindicatos a fazerem pesquisas para à sua categoria e bem utilizar os dados nas negociações.
Boas negociações dependem de bons negociadores. Estes, muitas vezes, têm um grande trabalho para “educar” os próprios empresários para que estabeleçam tetos de forma realista e com base em dados concretos sobre a economia e o mercado de trabalho do setor, Esse é um trabalho pesado e continuo.
Fonte: CNI